CARACTERIZANDO O GRUPO DOS INSETOS
Os insetos são seres vivos que pertencem ao Reino Metazoa (Animal), Filho Arthropoda e constituem o grupo mais numeroso de animais do planeta. Segundo Storer (2005, p. 504) eles totalizam mais de 90.000 espécies distribuídas nos mais diversos habitats.
A grande capacidade de adaptação, associada a capacidade de voar, permitiram aos insetos a conquista do planeta. São animais de patas articuladas, exoesqueleto quitinoso, simetria bilateral, sistema nervoso central ganglionar que percorre ventralmente o corpo, tubo digestório completo, características comuns a outras classes de artrópodes.
As características exclusivas da Classe Insecta são: corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen, três pares de patas, dois pares de asas, um par de antenas, respiração traqueal, excreção por túbulos de Malpighi, reprodução sexuada com sexos separados e desenvolvimento com estágios larvais, na maioria das vezes.
Quanto aos estágios larvais, os insetos podem ser ametábolos (sem metamorfose), hemimetábolos (com metamorfose incompleta) e holometábolos (com sucessivos estágios larvais). Os insetos holometábolos tem como principais representantes as borboletas e mariposas, espécies estudadas e representadas por Maria Sibylla Merian em seus estágios de desenvolvimento.
O estudo observacional dos insetos sempre atraiu o ser humano, fato evidenciado na obra da artista-cientista Maria Sibylla Merian. Isso deve-se a importância que esses seres vivos apresentam. Ecologicamente, são responsáveis pela polinização, agem como saprófagos e coprófagos atuando na aeração e fertilização do solo. Economicamente fornecem produtos como mel, cera e corantes. Na área médica são utilizados em diversas pesquisas.
Diante desse valor ecológico e econômico, o estudo dos insetos atrai pessoas de várias áreas do conhecimento: cientistas, agricultores, pecuaristas, geneticistas, leigos e, até mesmo, artistas. Assim, observar insetos e estudá-los caracteriza-se como uma prática que acompanha a história do homem na Terra.
Uma das formas encontradas, ao longo dos tempos, para sistematizar o conhecimento dos insetos foi a construção de insetários, caracterizados como instalações que conservam os insetos organizados e classificados para fins de estudo.